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Rico é quem poupa

rico é quem poupa artigo blog hugo almeida

Rico é quem poupa

Na verdade a expressão correta é: Rico é quem mais poupa e não quem mais ganha.

Existe uma ideia pré-concebida, que está totalmente errada, em que, ingenuamente, se acredita que quem acumula mais riqueza, o dito ser rico, é quem ganha muito dinheiro. Na verdade, a realidade mostra um facto bem diferente.

Não importa o quanto aufere de rendimentos diretos e indiretos, o escalão de impostos em que se enquadra, nem sequer a conjuntura do momento, da época, ou geracional. A Psicologia mostra-nos que na proporção que os rendimentos aumentam, o consumo também aumenta, e muitas vezes, subtilmente, num fator até superior. O que quer dizer que com o decorrer da vida e algumas decisões acertadas, e um pouco do fator sorte, os rendimentos financeiros de uma pessoa, ou agregado familiar, tendem a aumentar, mesmo que seja quase imperceptível, ano após ano os rendimentos aumentam em grande maioria da população.

Não obstante as pessoas receberem mais dinheiro das suas atividades profissionais, ou de outro qualquer tipo de rendimento passivo, financeiro ou indireto, o que não aumenta é a sua capacidade de POUPAR. O que quer dizer que para cada valor de moeda recebido já existem planos onde o gastar. Disse gastar e não investir, pois é muitas vezes essa a finalidade que se coloca ao dinheiro, propriamente dito.

Somos seres humanos e seres sociais, o que nos acarreta uma desvantagem de sermos melhores, termos mais, possuir mais, sempre mais. O que nos faz incorrer num caminho por demais viciado. Constantemente somos alvo de uma miríade de informações diversas que nos projectam uma vida melhor, um novo objeto, ou uma experiência que nos fará sentir melhores, mais felizes e mais realizados. A verdade é que se cada qual não tiver um plano de vida muito bem delineado, e um orçamento bem planeado a nível financeiro, depressa se perderá até ao dia que irá perceber a realidade e questionar-se: afinal onde está o dinheiro?!…

Mil coisas poderia descrever, imensos exemplos poderia dar, mas não existe qualquer necessidade, uma vez que muito provavelmente, todos nós já nos encontramos pelo menos uma vez numa situação destas.

Poderia dizer que é uma questão de mentalidade, de visão, de circunstância, mas não seria totalmente verdade. O prisma a analisar sobre esta questão envolve apenas uma coisa: DISCIPLINA. É necessário construir um planeamento financeiro bem estruturado, com uma visão a curto, médio e alargada a longo prazo. Existe uma necessidade premente de orçamentar, organizar, clarificar, e disciplinar a nossa relação com o dinheiro! Ele existe como uma ferramenta, e não deverá ser visto como algo diferente.

Muito se discorre que o dinheiro vale mais do que o que pode comprar, e ele existe para isso mesmo, facilitar uma troca, uma transação, uma movimentação de recursos. O dinheiro é parte da vida, não representando a vida, pelo que é subjetivo e mantém uma relação exactamente espelhada de quem com ele lida.

Conclusão

Manter uma relação saudável, e principalmente com controlo, com o dinheiro implica:

  • Definição clara dos objetivos e necessidades de Vida;
  • Disciplina nas questões que manifestamente o implicam;
  • Necessidade imperativa de destacar uma percentagem dos rendimentos para poupança (mínimo de 10%);
  • A poupança realizada deve ser alvo de processos de investimento para maximização a longo prazo;
  • Implementar o princípio de: “Primeiro pagar a si mesmo“, o que manifestamente é simples, mas não deveria nunca ser descurado de cumprimento absoluto;

 

Este é um artigo que muito superficialmente aborda a dimensão do tema, sendo por isso um artigo de opinião, sem carácter especulativo. Termino com um pensamento que muitas vezes me atravessa o pensamento nos momentos de decisão: Primeiro devemos investir o máximo, e somente depois gastar o que sobrar, e não o contrário!

 

Se pretender conversar mais sobre este assunto, pode encontrar os meus contactos na página de Contactos.

Publicado em 2021-10-15, por Hugo Miguel de Almeida.

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